segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Por que do blog????



Este blog nos foi proposto pela professora Juliana Azevedo de Almeida, e tem a finalidade de abranger os conteúdos que introduzi em meu estagio. Meu estagio foi desenvolvido na "emef Ezequiel Fraga Rocha" localizada na cidade de Aracruz, Espírito Santo. Minha proposta de estagio foi apresentar aos alunos os benefícios que os esportes podem trazer para a vida de praticantes assíduos, demonstrei as praticas esportivas que iria trabalhar com eles ( basquete e futsal ) e que foi escolhida pela aproximação da escola com os esportes citados. Muitos alunos deixam de praticar os esportes pois acham difícil de se adaptar ao que o esporte exige para pratica, outros acham pouco atrativos e desistem pois não se familiarizam com o mesmo. É por esse motivo que resolvi trabalhar com os alunos as adaptações que podem existir em âmbito esportivo para aproximar esses alunos ao meio, baseado nas concepções de aulas abertas e sempre debatendo com os alunos construímos um projeto de estagio, onde adaptamos esportes para que virassem atividades mais simples e enfatizando os mesmos quesitos abordados esportivamente falando. Ou seja, em meio muita conversa e explicações criamos varias atividades que os alunos podem se basear para melhorar os fundamentos esportivos básicos, podendo criar uma melhor relação com os esportes e com as aulas de educação física. Aproximando os alunos ao meio esportivo e dando a eles o respaldo necessário para poder adaptar sua próprias atividades, creio eu que eles se interessaram cada vez mais pela relação esporte-saúde, o que a longo prazo acarretará uma melhoria significativa na vida dessa pessoa que continua praticando esporte regularmente. Por ter abordado o tema de adaptar o esporte criei o blog, para que quem o leia alem de ter uma ideia sobre o que realizei em meu estágio, tenha uma visão mais ampla do que é o esporte adaptado, tanto para pessoas com deficiência como para quem tem a condição física perfeita e quer se aproximar do esporte, e os benefícios que essas práticas podem trazer para sua vida em aspectos físicos, mentais e sociais.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Videos de surf adaptado

Adaptsurf, projeto de surf adaptado do Rio de Janeiro

 Amp Surf,  associação criada por um veterano de guerra para surfistas amputados

Trailer do documentário Aloha que fala sobre surf adaptado

Surf adaptado

Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 610 milhões de pessoas têm deficiência no mundo, das quais 386 milhões fazem parte da população economicamente ativa. Avalia-se que 80% do total vive nos países em desenvolvimento. No Brasil, segundo Censo realizado em 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,5% da população apresenta alguma deficiência física, mental ou dificuldade visual, de audição ou locomoção.

Dentro dos esportes adaptados, o surf é uma modalidade nova, em ascensão, que trás inúmeros benefícios aos praticantes. Pode ser considerado como uma alternativa lúdica, contribuindo bastante para o processo de aprendizagem. O surf adaptado, assim como o esporte adaptado de uma maneira geral, contribui para a pessoa com deficiência em muitos aspectos dos quais podemos destacar os seguintes:
  • Melhoria e desenvolvimento de auto-estima e auto-imagem;
  • Estímulo à independência e autonomia;
  • Interação e socialização com outros grupos;
  • Contatos com outras pessoas, deficientes ou não;
  • Experiência intensiva com suas possibilidades, potencialidades e limitações;
  • Vivência de situações de sucesso e superação de situações de frustração;
  • Utilização do potencial sensorial e psicomotor;
  • Melhoria das condições funcionais do organismo (aparelhos: circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);
  • Melhoria na força e resistência muscular global;
  • Aprimoramento da coordenação motora e ritmo;
  • Melhora no equilíbrio estático e dinâmico;
  • Possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição;
  • Prevenção de deficiências secundárias;
  • Promover e encorajar o movimento;
  • Motivação para outros tipos de atividades;
  • Manutenção e promoção da saúde e condição física;
  • Desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais;
  • Melhoria da qualidade de vida.
Quando falamos em qualidade de vida, não podemos deixar de falar em lazer e esporte, sendo assim, não podemos deixar de mencionar o surf, que, além de um esporte completo, é um estilo de vida que proporciona ao praticante uma vida em harmonia, homem e natureza, interagindo de maneira consciente e prazerosa.


O contato com a praia, com o mar e com outras pessoas torna o surf, além de um fator determinante para a qualidade de vida, um importante instrumento na inclusão social, permitindo que a sociedade reveja conceitos e perceba a pessoa com deficiência com naturalidade, sem estigmatizá-la.

Histórico do esporte adaptado

O esporte para portadores de deficiência física iniciou na Inglaterra e nos EUA com a reabilitação de veteranos da II Guerra Mundial. Em 1944, Sir Ludwig Guttmann, neurologista e neurocirurgião alemão, foi convidado pelo governo britânico a dirigir um centro de lesão medular, no Hospital de Stoke Mandeville. Ele introduziu algumas modalidades esportivas, inicialmente com arco e flecha e o pólo em cadeira de rodas e, posteriormente, o tênis de mesa, a sinuca, a natação e o basquete em cadeira de rodas. A primeira competição realizada foi com basquete em cadeia de rodas e a partir daí, o centro foi palco de competições nacionais e internacionais.

Em 1952, os jogos de Stoke Mandeville tornaram-se internacionais com a entrada de um grupo da Holanda nas competições. Passaram então a se chamar Jogos Internacionais de Stoke Mandeville (ISMG) e foi formada a Federação Internacional dos Jogos de Stoke Mandeville. Em 1957, Benjamim H. Liptom introduziu outras modalidades esportivas sobre cadeira de rodas nos EUA, que até então era somente voltada ao basquete. No ano seguinte, surgiram oportunidades para outros esportes nos campeonatos americanos, como atletismo, natação, tênis de mesa e arco e flecha, devido à formação da Associação do Atletismo em Cadeira de Rodas (NWAA)

Em 1960, houve uma integração da NWAA com o corpo internacional do movimento, que passou a se chamar Comitê Internacional dos Jogos de Stoke Mandeville (ISMGC) . Neste mesmo ano, ocorreu a primeira paraolimpíada, em Roma, com a participação de 400 atletas representando 23 países. Em 1964, foi fundada a Organização Internacional de Esportes para o Deficiente, que englobava os amputados, os portadores de deficiência visual, os portadores de Paralisia Cerebral e os portadores de afecções medulares .
O esporte adaptado no Brasil iniciou-se na década de 50, quando os senhores, Robson Sampaio de Almeida, do Rio de Janeiro, e Sérgio Serafim Del Grande, de São Paulo, ficaram deficientes físicos e procuraram serviços de reabilitação nos EUA. Eles fundaram os dois primeiros clubes, o Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro, e o Clube dos Paraplégicos, em São Paulo. 

Basquete em cadeira de rodas



O Basquetebol em Cadeira de Rodas surgiu como prática após a 2ª Guerra Mundial, quando as autoridades deviam uma reposta para a sociedade, pelos esforços e incapacidades que sofreram seus soldados. Nas duas últimas décadas, houve um crescimento impressionante destes atletas, chamando a atenção de pesquisadores para esta área do esporte.

O Basquetebol em Cadeira de Rodas tem experimentado uma metamorfose nos últimos quarenta anos. Isto tem sido demonstrado com relação à sofisticação tecnológica e um aumento da aceitação popular em considerá-lo um esporte que gera esforço atlético e não como uma atividade reabilitadora. Com isto, benefícios e melhorias na qualidade de vida de pessoas portadoras de deficiência física quando submetidas a treinamento físico regular foram comprovados que auxiliam na melhora da condição cardiovascular, da flexibilidade e em fatores psicossociais de cada um.
Por outro lado, ainda existem indivíduos que não têm consciência dos inúmeros benefícios que a atividade física ou esportiva pode oferecer qualitativamente às suas vidas. Essas atividades são pouco divulgadas e muitos dos portadores de deficiência física não acreditam que sejam capazes de executá-las.



O Basquetebol em Cadeira de Rodas é praticado por indivíduos portadores de lesões medulares, amputações, seqüelas de poliomielite e outras disfunções que o impeçam de correr, saltar e pular como um indivíduo sem lesões. As regras são as mesmas do Basquetebol. A única diferença é um sistema de classificação funcional que foi criado para oportunizar a participação de indivíduos com diferentes seqüelas.
A prática de esportes para os deficientes físicos representa a aplicação de filosofia e de princípios de reabilitação no mais alto nível. Cada dia, um número maior de pessoas com algum tipo de incapacidade física está envolvida em atividades físicas e esportes devido aos benefícios que eles trazem para a reabilitação e para o bem - estar . A exclusão desses indivíduos da prática de atividade física ou do esporte pode levar a diminuição da aptidão física, da eficiência dos movimentos ou mesmo do desenvolvimento de habilidades motoras .